29 dezembro 2011

Novas Oportunidades: morrer antes da reforma

(. . .) Os exemplos – do inventor que, depois de repetidamente premiado no estrangeiro, chorou ao receber o seu 1º diploma de escolaridade num CNO, do calceteiro que, condecorado por 25 anos de excelência na singularidade do tratamento de património histórico, teve de obter equiparação ao 12º ano para concorrer ao lugar público que era seu, e os outros – os exemplos passarão a ser apenas exemplos Ganham, afinal, direito a ver conjugado no plural aquilo em que tornaram as suas vidas.

Aí está, seca e friamente, o fim das Oportunidades – das novas chances dos que ficaram velhos antes do tempo. E dos que, despedidos aos 40, 50 anos de idade, são demasiado velhos para outro emprego, nasceram demasiado tarde para subsídio de desemprego, são novos-velhos para a impossível reforma.
Outras oportunidades virão – ou não.