Estávamos os três em casa, eu e os meus irmãos mais novos, estavam à minha conta embora eu só tivesse para aí uns seis ou sete anos. Tínhamos um quintal de onde só saímos quando o meu pai chegava a casa, encostado a um pinhal ali entre Óbidos e Caldas da Rainha. O musgo estava ali à mão e as figurinhas do presépio coleccionava-as eu nos desperdícios que as fábricas de porcelana deitavam fora.
Só faltava a boa vontade de um adulto para iniciar o mais belo presépio de sempre. E havia um jovem adulto deficiente que andava por ali e que me ajudou a fazer uma cabana, e um rio com a prata dos maços de tabaco, e um lago com água que corria de uma mangueira e os rebanhos com as ovelhas a que a todas faltava alguma coisa ( uma orelha, uma perna...)
[VER ARTIGO COMPLETO]