31 dezembro 2011

Votos em contramão: Feliz Ano Novo

Eu queria fazer votos de um óptimo ano de 2012 a todos. Um ano próspero e feliz - ou simplesmente um ano feliz (pois isso não diz tudo?).
Mas sou tímido e medroso. Um ano próspero? Feliz? "Lá vem o do contra!" O primeiro-ministro avisou que não, que nada disso - pelo menos para cá da fronteira de Elvas e Vilar Formoso. O governo decretou que isso é irresponsável vida acima das "nossas"
(. . .)
Bem, com esta saudade do futuro (ah, pode ser isso, sim, vozes de burros não chegam ao céu), eu desejo
a todos os portugueses que o Ano Novo nos traga a nós muito mais do que "eles" projectam.
Feliz 2012 e que o Ano Novo esteja para breve!
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Banda sonora para 2012

Do you hear the people sing?
Singing a song of angry men?
It is the music of a people
Who will not be slaves again!
When the beating of your heart
Echoes the beating of the drums
There is a life about to start
When tomorrow comes!

E se o ano chegasse com meia hora de atraso?

Somos um país de atrasados. Não no sentido mental, pois, nesse aspecto, acho que somos tão espertos como outros quaisquer. E se juntarmos os chico-espertos, até os superamos. Digo atrasados no que respeita às horas. Com raras excepções, as pessoas, em Portugal, chegam atrasadas a tudo quanto é sítio. Mas o que mais me preocupa e enerva é que quase toda a gente acha isso absolutamente normal. E pior, há muito boa gente que acha que chegar atrasado lhes dá importância. Já ouvi expressões como “Não começam até eu chegar”, “Quando lá estiverem todos, alguém há-de telefonar”. Considero normal chegar atrasado, de vez em quando. Todos temos percalços. Aqueles (raros) que, habitualmente, chegam a horas, quando se atrasam têm o cuidado de telefonar, avisando que vão demorar mais um bocadinho. Atitude certa que demonstra

Porque se suicidam os polícias?

São razões internas, de origem disciplinar demasiado duras? Os rendimentos não são suficientes para ter  uma vida digna ? Não há horizontes de progressão?
Ou tem a ver com a contradição latente entre alguém que tem o exercício da autoridade a que não corresponde a sua posição social ?
Verifica-se que o Corpo policial evoluiu muito.É hoje representado por gente jovem e culta ( por mais de uma vez vi agentes na baixa de Lisboa a desenrascar-se com os turistas), até a forma como se vestem, como se apresentam, mostra que é gente que está muito longe da anterior geração.A própria incorporação de jovens mulheres inspira uma visão airosa, simpática, de pessoas que se sentem felizes no que fazem.
Será que os casos de suicídio têm a ver com situações de quebra de vontade

Não há-de ser nada

Não é preciso ser adivinho para saber que 2012 será um ano repleto, não de prosperidades, mas de dificuldades. Basta conhecer as medidas do Orçamento do Estado proposto pelo actual governo, aprovado pela maioria de direita na Assembleia da República e promulgado por Cavaco Silva, para não haver dúvidas sobre o que nos espera no próximo ano.
Porém, como podemos contar com os "avisos" de Cavaco (se bem que inúteis) e com a paradoxal  "sabedoria" do senhor Coelho e do seu governo, que acham que é pela via do empobrecimento que virá a redenção e a ultrapassagem da crise, há (haverá?)  boas razões para ter a esperança de que não há-de ser nada.
Salvo, é claro, para a anunciada multidão de novos desempregados, para a legião dos
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Gargantas fundas

Ninguém se lembra dos direitos humanos dos chineses e da sua liberdade de expressão na hora em que, como "consumidores" (o proletariado iluminado dos ultra-liberais, a par com essa outra arma de arremesso que é o "contribuinte"), vamos às lojas comprar produtos luxuosos a preços “competitivos" porque fabricados nos sweat shops onde não há horários de trabalho nem direito à greve nem nada, o paraíso realizado dos coelhos, álvaros e respectivos apoiantes. Pelo contrário, indignamo-nos porque há ainda uns atrevidos que fazem greves, CÁ.
Ah! Dizia num outro dia um sagaz comentador: a EDP foi nacionalizada pela China.
Boa e acutilante laracha.
Pois se calhar foi. Mas o relevante é que esse comentador e muitos outros que andam eufóricos com “redução do peso do Estado”, esquecem que para a China nos nacionalizar aos bocados, nós tivemos que desnacionalizar esses bocados. Alegremente. Quem é que nos mandou ser, quem é que nos manda estar a ser, mais uma vez, estúpidos?
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Ano de 2011: não porreiro, pá!

E pensar que, vai mais logo fazer um ano, celebrei a tua chegada. Até lancei foguetes, lembras-te, ó tempestade de ignomínia, insensatez, maldade e burrice? Agora vê se desapareces e levas contigo os teus amigos. E quando te cruzares com os putos 2012 e 2013, que já sabemos mal intencionados, diz-lhes que escusam de se incomodar e leva-os contigo para o quinto dos infernos. A propósito, e porque que andamos todos de olhos-em-bico, lembro-me que o Ano do Coelho termina a 22 de Janeiro. Como vocês, 2011 e Coelho, se deram tão bem, seria possível saírem os dois hoje? Um bom 1976 para todos, há muito trabalho para fazer.

Grande objectivo para o país: oportunidades para todos

Quando eu digo que o Estado Social vive acima das nossas possibilidades quero dizer que não chega aos pobres. Se o estado não chega aos pobres é porque todos os outros vivem acima das suas possibilidades. Temos 100, distribuímos os 100 e ficam 2 milhões de fora. Isto é viver acima das nossas possibilidades. Dito de outro modo: é preciso distribuir apenas 95 para que os outros 5 cheguem aos pobres. Com a agravante de aqueles 100 que temos para distribuir 60% não produzimos cá. Eu não ponho em causa o Estado Social acho é que tem que chegar a todos e o que se distribui tem que ser produzido cá dentro (bem sei que o déficite zero que já andam para aí a ver se pega é impossível de ter pelo menos todos os anos)
Há vários grandes problemas que é preciso resolver. Se eu fosse poder equilibrava as contas mas não tão  abruptamente como este governo está a fazer: desenvolvia

Caravaggio


Caravaggio (Caravaggio, Lombardia, 1573 - Porto Ercole, 1610)
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Ary dos Santos

É da torre mais alta do meu pranto
que eu canto este meu sangue este meu povo.
Dessa torre maior em que apenas sou grande
por me cantar de novo.

Cantar como quem despe a ganga da tristeza
e põe a nu a espádua da saudade
chama que nasce e cresce e morre acesa
em plena liberdade.

É da voz do meu povo uma criança
seminua nas docas de Lisboa
que eu ganho a minha voz
caldo verde sem esperança
laranja de humildade
amarga lança
até que a voz me doa.
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Um bom ano de 2012

«Um carabineiro com um martelo de madeira dá-me um forte golpe nos dedos mindinhos de ambas as mãos.
«A seguir, com um alicate, começa a arrancar-me as unhas.
«Nesse momento entra o sargento, que lhe tira o alicate para o utilizar a arrancar-me o bigode. Em dada altura, como resultado da grande dor e do desespero, consigo morder-lhe a mão, o que faz com que um carabineiro me dê uma coronhada na cara.
«Perco a consciência e, ao despertar, dou-me conta que sangro muito da cabeça, do nariz, da boca, e que me faltam oito dentes. Tinham-mos arrancado com o alicate ou com golpes. Não sei».
(. . .)
Ideologias e princípios, quer políticos quer também religiosos que são, ainda hoje, cega, acrítica e incondicionalmente apoiados e irracionalmente seguidos por tantas e tantas pessoas que da forma mais indigna e abjecta nem a si próprias se respeitam.
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Nathan Milstein, "príncipe do violino"

No dia 31 de Dezembro de 1903 nasceu em Odessa, Rússia, o violinista Nathan Milstein. Foi o quarto de sete filhos de uma família judia, da classe média, sem nenhum passado musical. É famoso pelas suas interpretações das obras para violino solo de Bach e de obras do período romântico. Teve uma longa carreira como violinista: actuou em público, com um enorme grau de excelência, até aos 83 anos e só terminou a sua carreira, porque partiu a mão, num acidente. O seu último concerto foi em Estocolmo, em 1986. Foi muitas vezes chamado “príncipe do violino” e, às vezes, “príncipe do arco”
Ao assistirem a um concerto dado por um rapaz de 11 anos, os pais de Milstein decidiram fazer dele um violinista. Esse rapaz de 11 anos era, nem mais nem menos, que Jascha Heifetz.
Partita nº3 em mi M, BWV 1006, de J.S. Bach

30 dezembro 2011

RSI - tão pobres por tão pouco (II)

Os portugueses são pobres. Se o país está ou não nos níveis do terceiro mundo, já há quem conteste. Sobretudo quem reclama que a nossa competitividade se meça por comparação com a de asiáticos - e isso, para sermos 'verdadeiros'... europeus.
Concluem estes (os que acham que a Constituição deveria ser a lei fundamental dos direitos, liberdades e garantias da empresa) que, claro, a culpa é do Estado Social.
Numa palavra: vivemos acima das nossas possibilidades, porque os pobres custam muito ao país dos nobres e destemidos banqueiros e empresários financeiros - ou mais precisamente, em Portugal os pobres vivem acima das suas (deles pobres e deles capitalistas) possibilidades.
Onde estão, nisto tudo, a realidade e o mito?
Nada como a objetividade e a frieza (literal) dos números:
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RSI: tão pobres por tão pouco (I)

Estado Social - veja como é na Suíça

    
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Sindicato dos maquinistas penhora bens da CP

Isto é mais uma achega para se perceber que não há saída numa empresa onde os trabalhadores têm além do vencimento dezoito subsídios (só não recebem quando estão em greve). Mas é bem original ver o sindicato vender o equipamento da empresa e assim tirar os meios de trabalho aos seus associados.
Uma empresa inviável sob todos os pontos de vista, é o que é!
Afinal de que tem medo o sindicato para penhorar os bens da empresa? A CP foge? Vende os bens ao desbarato? Dirigentes sindicais movidos por ideologias bem localizadas que querem compensar pela via sindical o que não conseguem por via eleitoral! Para além de humilharem a própria empresa onde trabalham o que pretendem com a penhora? Que efeitos práticos tem a penhora?

Extinção de dezenas de organismos públicos

Não se apoquentem porque a maioria destes  organismos podem perfeitamente juntar-se e não fazem falta nenhuma. Poupam-se Directores Gerais, por cada Director-Geral, dois subdirectores-gerais, poupam-se três secretárias por cada um, telefonistas, motoristas ...e toda esta gente pode produzir e ser bem aproveitada.
Podem crer, menos despesa, mais gente interessada, pessoas que fazem falta noutros sítios (os professores que estão destacados nas Direcções Regionais fazem muita falta nas escolas), maior autonomia das escolas (é a melhor consequência disto tudo), maior autonomia dos organismos que passam a estar mais perto dos problemas e a depender de menos gente muito bem paga mas que anda em roda livre.
Grande parte da Alta Administração Pública tem mais que uma função, o estado dá-lhes
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Pierre-Auguste Renoir

A sua obra de maior impacto é Le Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas
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Lei das Rendas - a visão de PCP e BE

Para o PCP, a lei do arrendamento tem como objetivo "satisfazer os grandes interesses imobiliários e financeiros, sedentos de se apropriarem dos bairros históricos", em "especial de Lisboa e Porto, a troco de miseráveis indemnizações atribuídas aos arrendatários que, sem qualquer alternativa, de um momento para o outro são postos a viver na rua, enquanto as suas antigas casas serão alvo de especulação imobiliária".

Para o BE: "O que o Governo vem apresentar são medidas para expulsar as pessoas das suas casas, propõe no essencial o aumento substancial das rendas antigas, de quem vive nas suas casas há mais de vinte anos e que há mais de vinte anos não pagava rendas baixas e que muitas vezes se substituiu aos próprios senhorios nas obras de reabilitação", criticou a dirigente bloquista Rita Calvário, em declarações no Parlamento.
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Herberto Helder - Sobre um Poema

Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.

Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
(. . .)
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Outras Pegadas (I)


Pega-rabilonga, ou Pega-rabuda (Pica pica L.)

Dmitry Kabalevsky – Compositor do regime

No dia 30 de Dezembro de 1904 nasceu, em São Petersburgo, na Rússia, o compositor Dmitry Kabalevsky. Como estudante, frequentou o Conservatório de Moscovo, onde foi aluno de Nikolai Miaskovsky entre 1881 e 1950, e seria professor a partir de 1932.
Além do ensino e da composição, participou em organizações políticas e sindicais, trabalhou na editora de música estatal, foi editor dum jornal e membro do Partido Comunista. As músicas de Kabalevsky, fazendo uso frequente de melodias tradicionais russas, eram intensamente líricas, bem ao gosto do regime vigente. Dedicou a Sinfonia nº 3 à memória de Lenine e compôs várias outras obras versando o patriotismo heróico. Morreu no dia 16 de Fevereiro de 1987.
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29 dezembro 2011

Portugal e a Grécia podem ou querem sair do euro?

O Prémio Nobel diz que Portugal e a Grécia podem querer sair do euro, mas o jornalista diz que podem, o que quer dizer que saiem mesmo que não queiram.
Poder sair pode-se sempre desde que a decisão seja de outros, mas querer no caso não vejo como, pese embora  a consistência e coerência do Dr. Ferreira do Amaral.
"A União Europeia tem de estar preparada para a eventualidade de a Grécia ou Portugal poderem decidir que é do seu interesse sair em algum ponto", disse o professor de economia na Universidade de Nova Iorque em entrevista à Bloomberg TV.
O prémio Nobel da Economia de 2001 pôs uma parte importante da resolução da crise europeia do lado do Banco Central Europeu (BCE), considerando que este tem de "fazer o seu trabalho" assim como certificar-se de que o "sistema financeiro continua a funcionar".

Novas Oportunidades: morrer antes da reforma

(. . .) Os exemplos – do inventor que, depois de repetidamente premiado no estrangeiro, chorou ao receber o seu 1º diploma de escolaridade num CNO, do calceteiro que, condecorado por 25 anos de excelência na singularidade do tratamento de património histórico, teve de obter equiparação ao 12º ano para concorrer ao lugar público que era seu, e os outros – os exemplos passarão a ser apenas exemplos Ganham, afinal, direito a ver conjugado no plural aquilo em que tornaram as suas vidas.

Aí está, seca e friamente, o fim das Oportunidades – das novas chances dos que ficaram velhos antes do tempo. E dos que, despedidos aos 40, 50 anos de idade, são demasiado velhos para outro emprego, nasceram demasiado tarde para subsídio de desemprego, são novos-velhos para a impossível reforma.
Outras oportunidades virão – ou não.

A oportunidade perdida. Mais uma!

A obrigação da Televisão Digital Terrestre em Portugal é mais uma oportunidade perdida. Mais uma a juntar a tantas outras.
De forma resumida a história da televisão em Portugal é pautada pelos seguintes momentos: Nasce a ideia da RTP. Oliveira Salazar, dizem os livros, aparentemente era contra. Não fosse Marcelo Caetano, e outros, e talvez a história fosse diferente.
Depois de vários anos com um só canal, surge o segundo canal. Anos depois, e a par do movimento das rádios “pirata”  que se desenvolviam nos vários concelhos Portugueses surgem também várias tentativas/experiências de televisão de proximidade: Sul TV, TVN, TRL, etc. Sem sucesso. Não havia mercado publicitário diziam uns, não existiam frequências hertzianas suficientes acrescentavam outros, e outros concluíam que os ...

Crédito aos estudantes do superior

Foi renovada a linha de crédito para os estudantes do superior. Tiram o curso e pagam quando começarem a trabalhar.
"Segundo o Ministério da Educação e Ciência, o sistema agora retomado permite aos estudantes financiar os seus estudos superiores, beneficiando de uma garantia prestada pelo Estado português, através do Sistema de Garantia Mútua, que dispensa a intervenção de terceiros, com uma taxa de juro baixa e um prazo alargado de reembolso."
É o que eu digo. Uma boa medida é uma boa medida!

Claude Monet

Seu pai, Claude - Auguste, tinha uma mercearia modesta. Aos cinco anos, sua família mudou-se para Le Havre, na Normandia. Seu pai desejava que Claude continuasse no comércio da família, mas ele desejava pintar. Foi a sua tia Marie-Jeanne Lecadre que . . .
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Sophia de Mello Breyner Andresen

Retrato de uma princesa desconhecida
Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
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...e com mais penas nos levantamos

«Às vezes, em horas de desânimo, chego a crer que esta tristeza negra nos sobe da alma aos olhos; e, então, tenho a impressão intolerável e louca de que em Portugal todos trazemos os olhos vestidos de luto por nós mesmos.»

[retalho de uma carta dirigida a Miguel de Unamuno por um seu amigo português (Teixeira de Pascoaes?) e que aquele cita num capítulo do seu magnífico "Por Tierras de Portugal y de España"]

Pablo Casals - violoncelista e maestro catalão

Pau Casals i Defilló nasceu em El Vendrell, na Catalunha, no dia 29 de Dezembro de 1876. Ironicamente, tornou-se conhecido internacionalmente pelo seu nome em castelhano, Pablo. Embora tivesse sido um grande incentivador da luta contra a ditadura de Francisco Franco e o domínio nazi, o nome imposto pelo regime franquista ficou gravado. Demonstrou talento desde pequeno, obtendo fama internacional ainda jovem. Centralizando as suas actividades de músico em Paris, percorreu a Europa e os Estados Unidos, promovendo concertos e recitais. Fundou uma orquestra em Barcelona, actuando também como maestro.
Por ser ardente patriota e republicano, Pablo Casals recusou-se a viver sob a ditadura de Franco e exilou-se na França. Contudo, o amor pela pátria levou-o a morar em ....
   
Suite nº 1, BWV 1007, para violoncelo, de Johann Sebastian Bach

28 dezembro 2011

Sophia de Mello Breyner - As Amoras

O meu país sabe as amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

Cézanne - Os jogadores de cartas


Paul Cézanne (Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 — 22 de outubro de 1906) foi um

João Domingos Bomtempo - Pianista, compositor e pedagogo

João Domingos Bomtempo nasceu em Lisboa no dia 28 de Dezembro de 1775. Era filho de Francesco Saverio Bomtempo, oboísta na Corte de Lisboa, que veio a ser o seu primeiro professor de música. Estudou no Seminário Patriarcal e, aos 14 anos, foi admitido na Irmandade de Santa Cecília, como cantor da Capela Real da Bemposta.
 
Requiem à memória de Camões, de João Domingos Bomtempo (excerto)

Estúpidos é o que somos

Desde que, aqui há tempos, o primeiro-ministro Coelho resolveu falar na "democratização da economia" que ando a matutar no assunto. Que raio de coisa será esta da "democratização da economia"?
Quando o governo resolveu vender a EDP à China ainda conjecturei que a explicação estava mesmo à vista. Pois não é verdade que a China é uma República Popular? Ora, Popular quer dizer do Povo. Se é do Povo, o Povo é quem manda. Se o Povo é quem lá manda é porque a China é uma "democracia". Se se vende a EDP a uma "democracia" como não encarar esta venda como o abrir do caminho para chegar à tal "democratização"?
Esta hipótese de explicação revelou-se, porém e a breve trecho, inconsistente.
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27 dezembro 2011

Do fim da autonomia regional madeirense

Aos naturais custos da insularidade, os madeirenses lograram inventar e somar mais um. Com nomes próprios e apelido. Alberto João Jardim.
Eleição após eleição, a Madeira permitiu-se acreditar que o "é-fartar-vilanagem" que lhes ia prometendo (e cumprindo) o seu sempiterno chefe não teria um fim. Que a factura de tamanha inconsciência seria sempre paga pelos cubanos...ou então...!
Ou então, nada; bem se vê agora no rugido miado de quem tão alto troava. Acabou-se o pagode; a Madeira dançará de ouvido o bailinho de anos de folia, que a banda já não toca a crédito. Não me dá prazer nenhum alinhavar estas palavras, embora haja que reconhecer que a Madeira se limita ao inevitável, alcançando-o, deitando-se na cama que tão afincadamente fez (. . .)
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Foram-se as Festas (privatizaram-nas "os mercados")

Foram-se. As do espírito. Seguiram o rumo das do corpo.
Ninguém sabe para onde. O Brasil não está a fazer importações e Angola aposta nos quadros nacionais.

Foi-se o natal (com minúscula, pois, foi só a metade que restava).
Réveillon não há. O 31 de dezembro é o 31 que já era. O fim-de-isto só lá para as urnas de 2015. E é se for. Era se fosse. Era o foste.
Os reis já chegaram. Baltazar e Belchior pegaram no ouro e deixaram mirra. O Gaspar levou tudo.
Fôôôôôram-se!
[CONT. / VER ARTIGO COMPLETO]

O Tamanho do Sonho

Com os pés sentiste a dureza
das pedras
Com os pés rasgaste a pele
e a alma
Com os pés saltaste lume
e labaredas
Com os pés fizeste o caminho
Onde sentiste o calor delas

Com os braços agarraste
(...)
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Rubens - auto-retrato


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Alexandre Vargas - Primeira Oração a Cyborg

Primeira oração a Cyborg

Senhor já vos chamei e novamente
as vossas luzes nas colunas e o povo
que não fala pelas ruas deambula,
com a boca entreaberta, os braços fixos
no trajecto-paraíso sem igual
descreve a longa via engenhosa que percorre o seu caudal.

Mas vós, Cyborg, tão alto estais exposto
aos ventos que a vosso encontro se encaminham
(...)
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Resgatando sonhos

Estou para aqui: a minha mulher ressona e eu conto carneiros. Vou verter águas, e o cão, que está aqui connosco ao fundo da cama e que, quando calha, também ressona, vem comigo, preocupado em me tomar conta dos carneiros, talvez que não lhe perguntei.
E agora, que já disse o que tinha a dizer, vou ver se durmo. Ou, se os carneiros não me saem da frente, vou trabalhar (vantagens de ter uma ocupação que basta ter um computador à mão e não me falta que fazer para ganhar uns trocos sem sair de casa.
(...)
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Shura Cherkassky – o pequeno grande pianista

Embora a maioria das referências biográficas de Alexander Isaakovich Cherkassky, mais conhecido como Shura Cherkassky, mencionem 1911 como o ano em que nasceu, a certidão de nascimento, que se encontra na posse do seu agente, refere que nasceu em Odessa, Rússia, no ano de 1909. Mais precisamente, no dia 7 de Outubro.
Para escapar à revolução russa, a sua família foi para os Estados Unidos. Recebeu as primeiras lições de piano da mãe, Lydia Cherkassky. Nos Estados Unidos, continuou os estudos no “Curtis Institute of Music”, com o professor Jozèf Hoffman. Mas, antes disso, fez algumas audições para Rachmaninoff, que o aconselhou a deixar de tocar em público durante, pelo menos, dois anos e a corrigir a posição das mãos no teclado. No entanto, Hoffman aconselhou-o a dar concertos e notava-se que Cherkassky se sentia muito confortável a tocar em público. Algumas das suas melhores gravações foram de interpretações ao vivo.
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Caleidoscópio para piano, Op 40/4, de Josef Hofmann

25 dezembro 2011

Nuno Gonçalves - Painéis de S. Vicente

Charlie Chaplin – Actor, realizador, escritor, maestro e compositor

No dia 25 de Dezembro de 1977 morreu o grande Charlie Chaplin que, sendo realizador, compunha a música para os seus próprios filmes. Sir Charles Spencer "Charlie" Chaplin Jr. nasceu em Londres, no dia 16 de Abril de 1889. Foi uma das personalidades mais
 
Tema musical do Filme “Luzes da Ribalta”
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24 dezembro 2011

É Natal, é Natal, ninguém leva a mal

O dia 25 de Dezembro, mais conhecido pelo Dia de Natal, é uma data engraçada. Engraçada, no sentido de curiosa, porque se celebra o nascimento de um homem que, segundo os historiadores, nasceu noutra data qualquer. Começou por ser uma celebração pagã para comemorar o solstício de Inverno e que, mais tarde, os cristãos adoptaram como sendo a data do nascimento de Cristo-"O maior culto pagão religioso que alimentou a celebração de 25 de Dezembro como feriado em todo o mundo Romano e Grego foi o culto pagão de adoração ao sol - Mitraísmo-.... Este festival de inverno era chamado " A Natividade "- " A Natividade do sol" (J. Frazer: “The Golden Bough", New York, Macmillan Co., 1935 p.471)... //

A Mitologia do Natal


Estando noiva de José, e antes ainda de com ele ter coabitado, Maria apareceu grávida por acção do Espírito Santo.
Quando José se preparava para a repudiar, apareceu-lhe em sonhos um "anjo do Senhor" que lhe ordenou que recebesse Maria em sua casa e que aceitasse o filho que ela carregava como obra do Espírito Santo.
Quando a criança nasceu, e tal como o anjo lhe havia ordenado, pôs-lhe o nome de Jesus
Todas as culturas antigas, sem excepção, tinham um horror profundo e visceral à esterilidade. O que é absolutamente compreensível, face à óbvia... //
[CONT. / VER ARTIGO COMPLETO]

O meu Presépio

Estávamos os três em casa, eu e os meus irmãos mais novos, estavam à minha conta embora eu só tivesse para aí uns seis ou sete anos. Tínhamos um quintal de onde só saímos quando o meu pai chegava a casa, encostado a um pinhal ali entre Óbidos e Caldas da Rainha. O musgo estava ali à mão e as figurinhas do presépio coleccionava-as eu nos desperdícios que as fábricas de porcelana deitavam fora.
Só faltava a boa vontade de um adulto para iniciar o mais belo presépio de sempre. E havia um jovem adulto deficiente que andava por ali e que me ajudou a fazer uma cabana, e um rio com a prata dos maços de tabaco, e um lago com água que corria de uma mangueira e os rebanhos com as ovelhas a que a todas faltava alguma coisa ( uma orelha, uma perna...)
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Deus existe e eu conto-lhe uma história todas as noites

Que Deus não existe, dizem. Parvoíce. Deus existe e eu conto-lhe uma história todas as noites — ando agora a ler-lhe o Pinóquio (antes foram os Maias para crianças — noto que ele estranha a mudança, vejo-o nos cocós, que andam menos consistentes). Há dois anos e meio, Deus escrevia-se com minúscula. Era o deus das guerras, o deus da barbárie, o deus redutor dos massacres em nome de, o deus das mortes nas gémeas. deus e o petróleo, a urina de deus. O diabo; deus era o diabo. O diabo dos homens e da puta que os pariu. Nunca me servi dele, com excepção de uma revolta intestinal sem casa de banho à vista. Nem ele de mim. Nasceu o Francisco e tudo mudou. deus cortou as barbas e passou a Deus. Era uma vez um puto. Este meu Deus tem um feitio tramado, porque aos 30 meses ainda se julga um deus.
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Pensamentos de Natal

"Operação Pai Natal em curso". Eu nem sabia que ele estava doente.
No Natal celebra-se o nascimento do Salvador. E do Martim, e do Bernardo. E uma playstation para cada um, Ambrósio.
Natal é quando um homem quiser... e quando a mulher tiver acabado de comprar as prendas.
O peru do natal, a missa do galo, o cordeiro de deus, o coelho da páscoa... que fixação é esta com os bichos?
Ao ser crucificado, Jesus mostrou que não era homem de baixar os braços.
"Natal é a festa da família". Sim, mas sou eu quem lava a louça.
Natal é tempo de alegria, excepto para quem tem rinite, para quem Natal é tempo de alergia.
"Natal é tempo de paz". É relativo. Para um coveiro mesmo o Natal é tempo de pás.
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Teresa Stich-Randall - Soprano

No dia 24 de Dezembro de 1927 nasceu, em New Hartford, no estado de Connecticut, a soprano norte americana Teresa Stich-Randall. Estudou na Hartt School of Music, em West Hartford. Foi descoberta nos 

Canção “A Truta”, de Schubert

23 dezembro 2011

Há sempre duas maneiras de olhar para o mesmo problema

Marques Mendes aplaude a venda da EDP e já sabe que para além do contrato já conhecido, a CTG vai construir uma fábrica de automóveis em Portugal e nós vamos construir uma fábrica de autocarros eléctricos na China. E disse mais:"“E mais, julgo saber, embora não é por aí que eu o saiba, que o ministro da Economia teve um papel importante aqui a juntar as pontas, e para o exterior fica a seguinte ideia: atenção, eles são um pequeno país, eles até podiam estar dependentes dos alemães porque os alemães é que os estão a financiar com o acordo de ajuda externa, mas não, atenção, eles portugueses decidiram na base da racionalidade”, disse Marques Mendes.
Estes comentadores dizem o que é preciso, aqui há uma nítida intenção de reabilitar o ministro da economia (nada tenho contra o Álvaro) que tem uma tarefa muito dificil
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A mediatização da Justiça e o caso Duarte Lima: da cooperação às fugas de informação

No último congresso da Sociedade Portuguesa de Comunicação, que se realizou na Universidade do Porto, tive oportunidade de abordar o tema "sempre" actual da mediatização da Justiça. De acordo com a comunicação aí apresentada, existe uma relação de conflitualidade entre o poder mediático e o poder judicial que ajuda a explicar a representação mediática do Templo da Justiça. Em alguns casos, esta «imbricação semântica» existente entre a informação jornalística e a informação judicial contribui para que se passe de um estado de representação dos processos judiciais para um estado de intervenção nos processos judiciais assistindo-se, com efeito, à substituição do processo judicial pelo processo mediático. O imediatismo informacional contrasta com o segredo de instrução e com a morosidade característica
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Esta estranha e mágica energia

Pois é. A tese que a História sufraga com mais precisão diz que as civilizações heliocêntricas faziam nesta ocasião do ano a "Festa do Deus Filho", para assinalarem o solstício de inverno: com a morte do "deus pai" fonte de todas as energias (o Sol), o inverno fazia nascer o "deus filho" (o Fogo) que substituía e sucedia àquele. Os cristãos terão aproveitado a celebração feita à volta da fogueira que simbolizava o nascimento do Fogo, filho que sucedia ao Sol 'morto' pelo inverno.
E os povos que verdadeiramente praticam o Natal, celebram o Cepo ('Madeiro') à volta do qual partilham a energia da vida.
É certo a lenda do nascimento de Jesus Cristo fez dele próprio um ateu: Não teve a fogueira do "deus filho" à nascença (para não haver confusões de concorrência'?). . . .
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Claudio Scimone - maestro

No dia 23 de Dezembro de 1934 nasceu em Pádua, na Itália, o maestro Claudio Scimone. Obteve reputação internacional como musicólogo e como maestro. Reavivou muitas obras do barroco e da renascença e gravou mais de 150 títulos, muitos deles estreias mundiais, e ganhou numerosos prémios, incluindo o Grand Prix du Disque, da Academia Charles Cros. Foi o fundador do grupo I Solisti Veneti e é maestro honorário da Orquestra Gulbenkian, de Lisboa. É notável a sua revisão e publicação das obras de Vivaldi. Entre elas a ópera Orlando Furioso, que dirigiu e gravou, em estreia mundial, em 1977, com Marilyn Horne e Victoria de Los Angeles. Entre as suas inúmeras gravações encontram-se mais de 250 obras de Vivaldi.
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Concerto em dó maior, RV 533, de Vivaldi I Solisti Veneti

22 dezembro 2011

Agência de Promoção da Emigração dos Portugueses

Honra lhes seja feita, não tem havido dia em que esta cambada que tomou o poder não me deixe de boca aberta. Parece que a anedota do dia (via Rangel) é a criação de uma Agência de Promoção da Emigração dos Portugueses (algo assim). Só falta mesmo virem buscar-nos a casa pela calada da noite e depositarem-nos algures no país que ofereça mais. Isto começa a entrar no nonsense completo, o que até teria a sua piada se fosse ficção. Os gajos querem mesmo esvaziar o país. O que se segue!?, para além da ideia que deixo atrás? Brigadas de Extermínio?
Adenda: se o Sócrates tivesse dito metade dos que estes trastes vêm dizendo (ou feito um décimo), já teria sido decapitado e a sua cabeça estaria agora em exposição no Terreiro do Paço.

Continuem a dormir descansados... "no pasa nada"

Assim como assim...

... antes assim, já que quanto à decisão de vender a participação do Estado na EDP, não havia nada a fazer.
Pelo que tem sido divulgado, a proposta da chinesa Three Gorges parece, de facto, a melhor.
Até para o governo de Passos foi a melhor solução. Livrou-se da fama de fazer um "frete" à senhora Merkl, o que não é despiciendo, tendo em conta a popularidade de que a senhora goza, actualmente, por estas bandas.
(imagem fanada aqui)


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Outra carta aberta de um emigrante-imigrante

Esta tua carta aberta, caríssimo Companheiro, nunca chegará aos seus destinatários formais diretos, que são três - nem aos destinatários formais indiretos, que já nem sei quantos são.
Mas deveria chegar ao destinatário e interessado direto, esse imenso Coletivo que pode e deveria compreender-te - e de quem, afinal, tu recebeste e recebes sempre a voz que te sai.
Por uma razão e pela outra, associo-me a ela respondendo-lhe pelo meio que me parece mais próprio. Chamar-lhe-ei protesto. Só para dizer que estamos vivos, tu e eu. Só para dizer, a quem o possa ouvir, que me mantenho vivo sempre que percebo como tu estás vivo - e a tua Honra de homem de consciência de outros tempos vive como a Honra do Homem de sempre. Do futuro, portanto.
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Giacomo Puccini

A 22 de Dezembro de 1858 nasceu em Lucca, na Itália, o compositor Giacomo Puccini. Estudou órgão com o pai até que este morreu, em 1864, quando Puccini tinha 5 anos. Continuou os estudos de órgão com o tio e, aos dez anos, começou a cantar no coro da
“Un bel di vedremo” da ópera “Madame Butterfly”, de Puccini
Soprano - Angela Gheorghiu

21 dezembro 2011

Agência nacional de ajuda ao emigrante

Diz o Rangel. Não se trata de empurrar as pessoas mas de as ajudar, detectando oportunidades de emprego junto dos países de língua Lusófona, acompanhar as pessoas até total integração.
"Segundo Paulo Rangel, a emigração pode ser, não "uma primeira solução", mas "uma segunda solução" para "pessoas que têm condições para isso, que ainda não têm a sua vida montada, que são mais jovens, mais ligados à aventura", porque "pode ser uma forma de as pessoas terem rendimento, de terem uma experiência, de terem uma ligação ao País feita de outra maneira, de servirem também o País".
Ontem jantei com um amigo emigrante em Angola que me falou da grande quantidade de jovens quadros portugueses que estão a chegar ao país. Oxalá, que seja uma boa
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Agência de Promoção da Emigração dos Portugueses

Honra lhes seja feita, não tem havido dia em que esta cambada que tomou o poder não me deixe de boca aberta. Parece que a anedota do dia (via Rangel) é a criação de uma Agência de Promoção da Emigração dos Portugueses (algo assim). Só falta mesmo virem buscar-nos a casa pela calada da noite e depositarem-nos algures no país que ofereça mais. Isto começa a entrar no nonsense completo, o que até teria a sua piada se fosse ficção. Os

O Acordo Ortográfico acabou. Finalmente!

O chamado “acordo ortográfico” foi, sabemo-lo agora, uma questão real, Para ser mais direto, foi uma questão de real – ou, sendo mais preciso, uma questão de reais. Com a economia brasileira a subir como sobe e a economia portuguesa a descer como desce, os euros cederam e os reais ganharam. Sim, porque finalmente cheguei a uma conclusão, depois de tanto pensar, estudar, refletir e ponderar sobre as razões que determinaram este ‘Acordo’: Algum brasuca analfabeto mas bilionário mandou para cá um montão de reais ao câmbio de 2012, depositados em euros ao câmbio de 2014 na conta dos nossos linguistas.
Pouco importa, agora. O ACORDO ORTOGRÁFICO CESSA A PARTIR DE HOJE. Acabou. De vez.

Galiza, ficas sem homens que possam cortar teu pão

Nos últimos dias os nossos governantes têm aconselhado o povo a emigrar. O povo que os elegeu, note-se! Primeiro foram os desempregados, depois os jovens, depois os professores. Um deles até se deu ao luxo de propor a criação de uma “agência nacional para ajudar os portugueses a emigrar”. Como ele se está marimbando para ajudar os portugueses, esta agência deve servir para criar mais uns tachos para mais alguns “boys” que ainda estão na lista de espera. A este último quero dizer que emigrar não é o mesmo que ter um tacho na Bélgica. Ir para um país estrangeiro, onde não se tem amigos e, muitas vezes, nem se sabe a língua não é a mesma coisa que ser eurodeputado em Bruxelas, onde já está garantido um emprego (por sinal, a ganhar muito bem e com todas as mordomias) e onde já tem amigos e colegas e, se não
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Michael Tilson Thomas

No dia 21 de Dezembro de 1944 nasceu em Los Angeles, Califórnia, o compositor, pianista e maestro Michael Tilson Thomas. Estudou na Universidade da Califórnia do Sul e, enquanto estudante, foi assistente dos maestros no Festival de Bayreuth. Em 1969 . . .
4º andamento da Sinfonia nº 4, de Tchaikovsky
Orquestra Sinfónica de S. Francisco
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20 dezembro 2011

Sempre! ouviram bem? Ele é o meu querido lider

Carlos Abreu Amorim.jpg

Mala de Samsonite

A ideologia oficial do PSD/CDS adoptou agora como ícone um novo personagem fetiche: o emigrante.
Enquanto comentadores e opinion makers cumprem abnegadamente a sua quota de enquadramento das massas, estão já a ser contratados na Coreia do Norte escultores especializados em estatuária de grandes dimensões para celebrar em tamanho macro as proezas dessa figura viril: o "nosso bom emigrante".
Oportunidade para Linda de Suza ressurgir das sombras e compor, com a ajuda preciosa de Toy, é óbvio, o hino que imortalizará este novo desígnio que vai fritando os miolos ao Primeiro Ministro: "a mala de samsonite".
Este desenvolvimento arrisca-se a provocar a desertificação dos seguidores de Passos
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Arthur Rubinstein

No dia 20 de Dezembro de 1982 morreu, em Genebra, Arthur Rubinstein, um dos mais virtuosos pianistas do século XX. Nasceu em Łódź, na Polónia, a 28 de Janeiro de 1887 e começou a tocar piano com apenas três anos. Aos 6, tocou em público pela primeira
Último andamento da Sonata para piano nº 23 “Appassionata”, de Beethoven

19 dezembro 2011

Fritz Reiner - "construtor de orquestras"

No dia 19 de Dezembro de 1888 nasceu, em Budapeste, o maestro Fritz Reiner. Uma das facetas mais admiradas em Fritz Reiner foi a de “construtor de orquestras”, estabelecida, primeiramente, com a Orquestra Sinfónica de Pittsburgh, que dirigiu entre 1938 e 1948, e definitivamente consolidada com o período que passou à frente da Orquestra Sinfónica de Chicago, entre 1953 e 1962. Sempre manteve com os músicos uma relação difícil. "Maestro exigente e despótico", "hostil e impaciente durante os ensaios", "capaz de despedir qualquer músico que cometesse um erro durante um concerto", são algumas das descrições que encontramos nas várias biografias do maestro, húngaro de nascimento e norte-americano por naturalização.
Reiner foi durante nove anos (entre 1922-1931) director musical da Orquestra Sinfónica de Cincinatti, tendo começado a ensinar no Curtis Institute of Music em 1928, onde foi professor de Leonard Bernstein. Conta a história que Bernstein
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“Arrival of the Queen of Sheba” da oratória "Solomon", de Haendel
Orquestra Sinfónica de Chicago

18 dezembro 2011

Rita Streich - soprano

No dia 18 de Dezembro de 1920 nasceu em Barnaul, na Rússia, a soprano alemã Rita Streich. Durante a infância mudou-se, com os seus pais, para a Alemanha, onde cresceu a falar duas línguas (o russo e o alemão), algo que lhe foi extremamente útil durante a sua carreira de soprano. Por exemplo, interpretou as obras de Rimsky-Korsakov, no original, em russo, sem o mínimo de sotaque.
Rita Streich estreou-se como cantora de ópera durante a segunda guerra mundial, no Stadttheater de Ústí nad Labem, na Boémia, no papel de Zerbinetta, da ópera 'Ariadne auf Naxos' de Richard Strauss. Três anos depois conseguiu o primeiro contrato na Staatsoper Unter den Linden, em Berlim, onde permaneceu até 1952. Nesse ano foi para Bayreuth, no ano seguinte para Viena e, em 1954, para Salzburgo. Seguiram-se actuações no La Scala, de Milão e no Covent Garden, em Londres.
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"O mio babbino caro" da ópera "Gianni Schicchi", de Puccini

17 dezembro 2011

O crítico: festivais do ridículo

“A estupidez coloca-se na primeira fila para ser vista; a inteligência coloca-se na rectaguarda para ver.”
Bertrand Russel
Sendo um homem que aponta para soluções, de vez em quando não resisto a deitar uma vista de olhos às vozes críticas que reflectem o estado da sociedade. Desta vez fui ver um texto do colunista Georg Diez que escreve em SPIEGEL ONLINE. Da coluna semanal do Sr. Diez que sendo acerba e acerta mesmo no ponto, além da introdução, traduzi o primeiro parágrafo – e chega, está tudo dito.
Quanto à citação de Bertrand Russel, uma pequena observação: estando a estupidez e a inteligência interligadas pela unidade polar que deve ser vencida para gerar

Fernando Lopes-Graça

No dia 17 de Dezembro de 1906 nasceu em Tomar, Fernando Lopes Graça, um dos maiores compositores portugueses do séc. XX. Cresceu no seio de uma família da pequena burguesia. O pai tomou, de trespasse, o hotel que fora do padrinho. Entre os trastes que mobilam a casa, um velho piano. A brincar, o pequeno Fernando matraqueia o teclado. É o acaso que lhe proporciona estudar música a sério. O tenente Aboim é hóspede no hotel do pai. Entusiasmado com as habilidades da criança, insiste para que tenha lições com a filha do seu general.
Aos 14 anos, Fernando Lopes Graça já é pianista no Cine-Teatro de Tomar. Em 1923 ingressou no Curso Superior do Conservatório de Lisboa e, em 1927, inscreveu-se na Aula de Virtuosidade de um antigo aluno de Liszt, José Vianna da Motta, seu mestre e amigo. Terminou o Curso Superior de Composição com a mais alta distinção.
Obteve a 1ª classificação para o lugar de professor de piano e solfejo do Conservatório de Lisboa. Não chegou a tomar posse por motivos políticos. Foi preso e desterrado para Alpiarça. Em 1937 ganhou uma bolsa para estudar em
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16 dezembro 2011

Ludwig van Beethoven

Não se sabendo ao certo a data de nascimento de Beethoven, presume-se que tenha sido no dia 16 de Dezembro de 1770, já que foi baptizado no dia 17, na Renânia do Norte, Alemanha. Foi um compositor do período de transição entre o Classicismo e o
1º andamento da "Sinfonia nº 5", de Beethoven
Orquestra Sinfónica da Radiodifusão da Baviera

12 dezembro 2011

Um paradigma controverso": Europa tem calafrios diante do novo poder da Alemanhaante do

“In a crashing civilization, being rich just means being the last to starve.”   Anthony Doerr (US-Writer) 2005
 “Numa civilização a desmoronar-se, ser rico não significa outra coisa senão ser o último que morre de fome”. Anthony Doerr, esritor norteamericano 2005

Sendo alemão e tendo lido em alemão o artigo tão bem traduzido para português pelo Instituto Humanitas Unisinos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo – ver link abaixo – no DER SPIEGEL impresso de 07-12-2011, aproveito para comentar o “paradigma controverso” da Europa sob o ponto de vista sistémico-holístico, como segue:
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07 dezembro 2011

Subject: Scuta lá

pensando por exemplo no algarve, a castanhola é muita pesada. é via do infante, é o iva da restauração e do golf. vai doer. compensa? quem decide tem a certeza que é um risco calculado? gostava tanto de acreditar nisso. mas não é, calculado, e o risco é inferior à rapidez com que se arranja massa para já. porque não é asfixiando que se dá oxigénio a quem está com falta de ar.
eu, por exemplo. já este ano não consegui arranjar quem quisesse trabalhar no campo na apanha da azeitona. resultado: ganho dinheiro. o subsídio ao azeite da UE é igual quer eu faça a colheita do fruto ou o deixe em árvore. poupo despesas com produtos, regas e material que no fim dão prejuízo mas fazem o "breakeven" com o subsídio "da europa" que passa, por consequência e inerência da inércia a ser todo lucro. e o olival

06 dezembro 2011

Agência de rating Standard & Poor's envia sério aviso aos políticos da tribo "Merkozy"

"A crise poderá escalar de modo que a política deixa de ser dona da situação. Mesmo os países com o rating de topo AAA não pderão confiar na manutenção do seu rating”. SPIEGEL ONLINE de 06.12.2011 citando a advertência da Agência de Rating Moody’s feita em fins de Novembro 2011
Na verdade estava desejando expressamente que os políticos da tribo “Merkozy” chegassen a um ponto onde compreendessem que a táctica deles para a salvação da Europa e do Euro, baseada em meios materiais-mecanicistas, tinha chegado ao fim da linha e que se impunha – finalmente! – a adopção de uma estratégia.
Ao mesmo tempo e já há mais de um ano me colocava a questão: será que os principais actores políticos que nos últimos dois ou três anos cometeram esses actos

Da Beira Interior a Lisboa

Praticamente dez anos após ter começado a usufruir da ligação Expresso entre a Beira Interior e a capital de Portugal continuo sem entender a sua operacionalidade e os motivos para a subsistência do seu grande problema.
Se a qualidade dos veículos é de assinalar – apesar de alguns autocarros sem condições, sobretudo entre 2002 e 2004 –, os quais são confortáveis e bem equipados, o serviço no que diz respeito à marcação dos lugares nos bilhetes é o buraco negro desta história.
Por vezes o sistema informático (?) funciona de forma estranha. Não é difícil, por exemplo, iniciar a viagem na Guarda (ou em outra das terras a seguir expostas), com um bilhete sem lugar marcado, e, na Covilhã, Fundão, Castelo Branco, os passageiros

02 dezembro 2011

Subject: só para dizer que hoje não posso

eh pá, vocês desculpem mas eu era para ter vindo aqui falar falar cedinho sobre a merkel, e os occupy, e o euro e o dólar, e a crise e os feriados, e a ponte, e a bola...não da bola não ia falar para não ter que contar aquilo que ando mortinho para contar do Vieira no verão nos toldos (amarelos) da praia da Califórnia em Sesimbra a negociar ao telefone e a dizer alto e bom som para quem quis ouvir (e era muita gente que ouviu) que "a mim não me interessa quanto é que ele custa, já sabes quanto para mim são 2 milhões, do resto tratem vocês", e não quero falar disto porque não quero que os benfiquistas achem fosse falar disso agora no inverno quando se passou no verão só para acicatar os ânimos quando a intenção não seria o LFV mas sim mostrar que eles são todos iguais e que o que escandaliza é o nível de desavergonhanço e impunidade de (. . .)
"Não há meio mais subtil nem mais seguro de subverter a ordem social do que o aviltamento da moeda.Trata-se de um processo que mobiliza todas as forças ocultas da lei econômica a favor da destruição, e o faz de maneira tal que em um milhão de pessoas não há uma só que seja capaz de fazer um diagnóstico". John Keynes em 1919, citado por Friedrich Von Hayek em "Desemprego e Política Monetária"

Tendo achado muito interessante o artigo do editor associado do Financial Times Wolfgang Münchau publicado em SPIEGEL ONLINE, fiz uma tradução parcial do mesmo (ver abaixo).
A solução que Münchau aponta como “única saída”, isto é, uma cooperação ainda mais

29 novembro 2011

Subject: quem vai fornecer o fogo de artifício para a revolução?

vocês já viram como anda tudo mortinho por uma revolução? a picar, a picar, parece que estão a desafiar a que alguém se chegue à frente e organize uma festa. eu, por mim, gosto muito que os vinte e cinco de abril tenha sido assim, uma festa, uma revolução pacífica, de flores em vez de tiros, mas acho que em geral, por definição e experiência, as revoluções tendem a não ser isso, a ter pouco de festivo, é mais luta e tiros e mortos.
se faz falta, faz-se, mas não se fica em casa a gritar faça-se. isso também eu! é tão fácil como estar em frança a gritar façam.

11 novembro 2011

Senhoras e Senhores, é meu privilégio e minha honra

...apresentar-vos Lucero Tena, com uma emocionada vénia à grande Arte espanhola:

Um banco que não cobra juros nos empréstimos

Sem dúvida uma boa performance de engenharia financeira. Esperemos que frutifique e se expanda por cá...
A razão porque este tipo de banco não se instala é a mesma razão pela qual os donos do actual sistema colocam os seus empregados bem comportados no poder político.
Um banco que não cobra juros nos empréstimos!
Era uma vez uma cooperativa com 36 500 membros que também eram proprietários de um banco no qual esses membros emprestavam dinheiro uns aos outros sem taxa de juro.
Não se trata de um conto de fadas, esse banco existe, situa-se na Suécia e chama-se JAK Medlemsbank.  

07 novembro 2011

Fashion deviation

Ela é quase bonita. Tem olhos verdes, expressivos, mas quando se ri os dentes entristecem-na. Veste bem, como quem diz: todos os clichés de moda, mas diz córror eu não sou uma fáxion vítima, nem pensar. Podia ser tão bonita. Olhando melhor, usa e abusa da base mais escura do que a cor da sua pele que lhe traça uma máscara, não mais uma das que usa para tentar ser tão bonita como se julga. Dá-lhe , de perto, um ar trágico-cómico. No entanto, veste roupas de marca, ousadas para o seu corpo rechonchudo, mas a ela qualquer trapinho fica bem. Trapinhos de marca, aliás dizem que tem uma alcunha : Miss marcas, com carteira da LV ou Burberrys( não sei se são fakes, nem me atrevo a perguntar porque ainda a vou achar menos bonita), galochas brilhantes da sapataria X, pumps de xadrez vermelho, trenchcoat igual á daquela atriz

01 novembro 2011

AUTORES

Adriano Pacheco
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Rolf Dahmer
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(G)OLDIES

  A primeira guerra do século XXl está a iniciar-se perante os nossos olhos.
  Inconveniente ou incómodo?
  Um relatório à medida
  A propósito dos feriados
  Um sádico
  Fashion deviation
  À procura de oposição credível
  Tertúlias matinais
  A troika, os farsolas e a História
  Quando o povo...
  Afinal as subvenções vitalícias são parte de uma cadeia de solidariedade social
  Mensagem de Jesus Cristo
  Caros "líderes" do mundo ocidental
  Senhoras e Senhores, é meu privililégio e minha honra apresentar-vos Lucero Tena, com uma emocionada vénia à grande Arte espanhola
  Dia de Paganini (Jascha Heifetz)
  A «Solução Final» para a Crise
  A Aldeia Grega
  Ajudem os pobres dando dinheiro aos ricos
  Aquilo a que se chama política
  As horas que são e eu aqui
  Cogitando
  Depois deste Orçamento já estou na categoria de indigente...
  Desonestidade Intelectual
  Dicionário do neo-realismo português
  Digam jornalismo! Pela nossa saúde!
  Dos três anos de prisão para Hulk à «artefactualidade» mediática: o jornalismo que temos
  E nunca mais o deixámos
  Finalmente as grandes decisões!
  Heróis dos tempos difíceis
  O aval quadrado e as ausências do presidente
  Os do Norte e os do Sul - os bons contra os maus
  R2-D2
  Sabias disto, Darwin?
  Somos a tempestade
  Suspeito e Culpado são sinónimos?
  Um banco que não cobra juros nos empréstimos
  Vítor Gaspar em foto-entrevista à Pegada