A economia europeia e, em particular, a da zona euro, atravessa uma crise sistémica cujo paralelismo nos obriga à evocação de quase um século (a famigerada crise dos anos 30) e, apesar de todas as cimeiras e austeridades extremas, mantém-se sem fim à vista. Relativizar o aumento generalizado do desemprego e ignorar o agravamento das economias nacionais dos países que sempre foram reconhecidos como os que maior fragilidade apresentavam no contexto da evolução política da actual União Europeia é, por isso, insistir em não querer resolver, de facto!, o problema.
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afinal, a questão que se coloca é a de saber se esta espécie de "manta de retalhos" criada para ocultar a verdadeira dimensão do imenso buraco da crise é ou não reflexo de uma gravissima regressão política ou, apenas!, o testemunho da vitória do movimento de capitais contra o bem-comum!