Conheci recentemente um casal que tem por casa um carro. O local onde fazem a sua higiene diária é uma casa de banho de uma bomba de gasolina. Ele, de reduzidas habilitações literárias, vai trabalhando no que aparece, ela, sem saber ler ou escrever, também. Uma técnica de assistência social pediu-lhes para escreverem uma carta em formato digital para enviarem para um determinado organismo. Porém não podia ser no computador dela nem lhes podia fazer o favor, eles que arranjassem maneira.
Assim vamos neste país tranquilo e à beira-mar plantado. Uns sobrevivem como podem, outros refugiam-se nos conteúdos técnicos, e outros queixam-se de barriga cheia.