Christian Wulff prevaricou – influenciou o favorecimento de um amigo – antes de ser presidente e, portanto, fora do exercício da sua função. Mas constatou-se que tinha prevaricado. Logo, constatou-se que tem carácter de quem é capaz de prevaricar. Consequência: a natural, normal e elementar. Não tem carácter para servir, não serve.
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Em Portugal, dizemos meia dúzia de palavras e cada uma delas vale por mil imagens: Cavaco, BPN, Dias Loureiro, Cavaco, Urbanização da Coelha, Passos, Fomentinvest, Ângelo Correia, Cavaco, Banco BIC, Mira Amaral, Cavaco… Bastam nomes próprios, afinal. Mais palavras para quê?
Já viram a diferença? As condutas que na Alemanha levam um presidente a demitir-se são muito semelhantes às que em Portugal levam um presidente a ser eleito.